A Polícia Civil de Minas Gerais conseguiu determinar a identidade um homem de 47 anos, encontrado morto em 2017, no município de Santa Bárbara. A identificação foi realizada a partir de amostras de DNA, coletadas durante uma campanha promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em junho deste ano.
Para a família, o homem estava desaparecido. O material genético do filho, coletado durante a campanha, foi o que ajudou os peritos da Superintendência de Polícia Técnico-Científica a identificar os restos mortais. No exame, foi possível conferir paridade do DNA de ambos.
A mobilização da pasta teve como finalidade a ampliação da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas. De acordo com a Lei 13.812/2018 cabe ao MJSP manter um banco de dados genéticos para ser compartilhado com as polícias estaduais.
Dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos apontam que o Brasil possui cerca de 57 mil boletins de ocorrência de pessoas desaparecidas que ainda não foram localizadas. Desse total, 22 mil foram abertos nos últimos dois anos.
A coleta de material genético para o banco ainda pode ser feita em qualquer unidade apta para tal. Para maior efetividade, a sugestão é de que o material recolhido seja de parentes de primeiro grau da pessoa desaparecida: pais, mães, filhos ou irmãos. Também é possível levar materiais da própria pessoa que desapareceu, como fios de cabelo, escova de dentes, aparelho de barbear, entre outros.
Nos estados e no Distrito Federal, o trabalho de recebimento dos materiais genéticos é coordenado pelas secretarias de Segurança Pública. No site do MJSP é possível conferir a lista completa de locais de coleta.