Entre os dias 14 e 16 de abril de 2025, os peritos criminais federais Mariana Ferraz e Fábio Salvador, diretores executivos da APCF, Erich Adam, gerente do Programa Ouro Alvo, e Wladimir Almeida participaram de uma missão técnica no Peru para discutir estratégias de rastreabilidade do ouro, no contexto do enfrentamento à mineração ilegal na região amazônica.
A iniciativa faz parte do Projeto Aurum – Prevenção da Mineração Ilegal de Ouro na Amazônia, coordenado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) no Brasil, com apoio do International Narcotics and Law Enforcement Affairs (INL), vinculado ao Departamento de Estado dos Estados Unidos, acompanhada pelo Instituto Igarapé.
A missão teve como foco o fortalecimento da cooperação entre instituições brasileiras e peruanas, promovendo a troca de experiências e boas práticas no combate à extração e comercialização irregular de ouro e mercúrio. A visita também serviu como etapa preparatória para uma campanha conjunta de coleta de ouro, planejada para ocorrer na região de Madre de Dios, área de intensa atividade mineradora na fronteira entre Brasil e Peru.
Durante a missão, a equipe participou de reuniões com diversos órgãos peruanos, incluindo a Direção de Meio Ambiente e a Direção de Criminalística da Polícia Nacional do Peru, com visita às instalações de criminalística do país vizinho. Durante todos os encontros, a PF apresentou os avanços do Programa Ouro Alvo, suas ferramentas de rastreabilidade, os métodos periciais aplicados e os resultados obtidos em investigações sobre extração ilegal de ouro no Brasil. Também foram discutidas as políticas públicas ambientais do governo brasileiro e a importância de uma atuação integrada entre os países amazônicos no enfrentamento à criminalidade ambiental e à lavagem de dinheiro associada ao ouro.