Em entrevista publicada nesta quinta-feira (20/10) pelo Correio Braziliense, o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, afirmou que o enfrentamento à criminalidade no Rio de Janeiro e em outras regiões do país deve ir além da lógica de confronto armado. Segundo ele, com inteligência, integração entre forcas policiais, eliminação da infiltração de facções no poder público e o fortalecimento das polícias científicas, será possível reduzir o poder das facções e promover um modelo de segurança pública mais eficiente e humano.

Camargo destacou que a perícia é fundamental para esclarecer as circunstâncias das mortes, rastrear a origem de armas, identificar padrões de produção de drogas e quantificar o impacto das apreensões. “Somente com a ciência e com a união das forças em torno de dados confiáveis será possível entender a magnitude do crime e medir resultados reais”, afirmou.

Ao analisar a recente operação no Rio de Janeiro, a mais letal da história do estado, com 121 mortes confirmadas, o presidente da APCF criticou o modelo de “guerra” adotado nas ações de segurança pública. Para ele, o caminho está na integração entre forças policiais, políticas de prevenção e valorização das instituições técnico-científicas.

O presidente da entidade reforçou que a constitucionalização da Polícia Científica, atualmente em debate no Congresso Nacional por meio da PEC 18/2025, representa um passo decisivo para modernizar o sistema de segurança pública e consolidar a ciência como base das decisões e investigações criminais.

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