Os peritos criminais federais Aristeu Gil, Matheus Bichara, Marcelo Ruback e Pedro Eleutério foram reconhecidos como “equipe pioneira em investigação de criptografia” (Crypto Investigation Pioneer) na SCAN2024 Capture the Flag (CTF), uma competição global de rastreamento de criptomoedas. Representando a Polícia Federal, o grupo brasileiro finalizou sua participação em 12º lugar no ranking geral, mas foi destacado como a melhor equipe do projeto GLACY-e, iniciativa apoiada pela Interpol.

A final da competição ocorreu em 22 de novembro, em Seul, na Coreia do Sul. Entre as 490 equipes de 46 países participantes, apenas 16 foram selecionadas para disputar a etapa final. O grupo brasileiro, denominado “BlockBustersBR”, conquistou o 1º lugar na fase classificatória entre as 43 equipes que representaram o GLACY-e, uma iniciativa conjunta da União Europeia e do Conselho da Europa, com apoio da Interpol.

A SCAN2024 é organizada pela Digital Asset Corporation em parceria com a Agência Nacional de Polícia da Coreia. Bichara e Ruback atuam no Serviço de Perícias de Informática do Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília. Aristeu e Eleutério, por sua vez, são lotados no Setor Técnico-Científico (Setec) do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul, respectivamente.

Ruback destaca que, por se tratar de um evento aberto ao público, diversas equipes do setor privado participaram, incluindo especialistas em desenvolvimento de soluções para blockchain, web 3.0, DeFi (finanças descentralizadas) e contratos inteligentes. “Estamos satisfeitos com a nossa classificação, considerando que esses temas não fazem parte da nossa rotina diária de trabalho”, afirmou o perito.

As questões da final abordaram temas que exigiam o conhecimento de criptografia, análise de contratos inteligentes, uso de mixers para evitar o rastreamento de transações em blockchains do Bitcoin e Ethereum, além de diversos outros tópicos relacionados a criptoativos.

“Foi uma grande oportunidade para aprofundarmos o nosso conhecimento na área e trocar informações com outros profissionais”, reforçou Ruback. Além do reconhecimento pelo projeto GLACY-e, os integrantes da BlockBustersBR foram premiados com a licença de uma ferramenta para rastreamento de criptoativos, além de treinamento para equipe.