A perita criminal federal Mônica Paulo, especialista em análise de novas drogas psicoativas, publicou artigo na revista internacional “Forensic Toxicology” sobre canabinoides sintéticos (SCRAs) apreendidos em prisões brasileiras.

A publicação é fruto de uma parceria inédita da Polícia Federal com as Polícias Científicas de São Paulo e de Sergipe, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadores internacionais. Também assinam o artigo: Taís Rodrigues, Lilian Barboza, Júlio Ponce, Luiz Neves Júnior, Maurício Yonamine e Jose Costa. 

O estudo descreve a identificação de maconha sintética em 56 amostras de folhas de papel apreendidas nos complexos penitenciários entre 2016 e 2020. As análises foram feitas pela Polícia Federal e pela Polícia Científica de São Paulo, usando cromatografia gasosa. 

Os autores concluem que, assim como observado na Europa e nos Estados Unidos, o Brasil também mostra a prevalência de canabinoides sintéticos nos materiais apreendidos no sistema prisional. 

“Este fenômeno está se espalhando por todo o mundo neste momento. Estes dados sobre a prevalência podem ajudar a alertar as autoridades judiciais para o fim da introdução de NPS, incluindo SCRAs, nas prisões para garantir a segurança e proteção e evitar riscos para a saúde de prisioneiros e funcionários, levando a efeitos positivos nesta população. Pelo que sabemos, esta é a primeira demonstração de contrabando de SCRAs para prisões na América Latina”, destacam os especialistas na publicação. 

Leia a íntegra do artigo “Synthetic cannabinoid receptor agonists profile ininfused papers seized inBrazilian prisons” aqui.