A União dos Policiais do Brasil (UPB), da qual a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) faz parte, se reuniu nesta 3ª feira (5/6) para decidir novas estratégias de combate aos retrocessos que a reforma da Previdência impõe aos profissionais de segurança pública.
“Já tivemos reuniões com representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Casa Civil e da Presidência da República. Também já realizamos diversos encontros com parlamentares, inclusive com os líderes do governo na Câmara dos Deputados e no Congresso Nacional. No entanto, não estamos percebendo muita ação das autoridades para acolherem nossas reivindicações”, afirma o presidente da APCF, Marcos Camargo.
Ficou acordado entre o grupo da UPB que o trabalho de articulação no Congresso Nacional continuará de forma mais intensificada nos próximos dias, antes que o relatório da proposta seja apresentado. Integrantes do grupo farão visitas aos deputados membros da Comissão Especial que analisa a reforma na Câmara.
“Estivemos com o relator da proposta recentemente, mas infelizmente ele está completamente vinculado ao que diz a equipe econômica do governo. Sem prejuízo de continuarmos a pressão e o relator inserir nossa emenda no texto, a tendência é que tenhamos de apresentar os destaques”, destaca Camargo.
O prazo para que deputados apresentassem emendas à PEC 6/2019 terminou na última 5ª feira (30/5). A UPB apresentou duas sugestões de alteração ao texto. “Inicia-se um novo ciclo”, destaca.
O que a UPB quer
A atual redação da reforma da Previdência desconsidera particularidade e peculiaridades dos profissionais de segurança pública. As principais reivindicações da categoria envolvem, entre outros pontos, a manutenção da atividade de risco policial na Constituição Federal, regras de transição justas, integralidade e paridade para todos os policiais e pensão integral por morte em serviço ou em razão dele.