A Diretoria Executiva da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) tomou posse na última sexta-feira (21/3), em cerimônia realizada na sede da entidade, em Brasília. O presidente Marcos de Almeida Camargo assumiu o cargo na associação para o biênio 2025-2026.
Em seu discurso, Camargo reforçou o compromisso com um sindicalismo combativo, mas propositivo, e com a defesa da perícia criminal federal como pilar da Justiça e da segurança pública no Brasil. “É com muita honra que assumo meu quarto mandato à frente da APCF, conduzindo uma diretoria executiva de continuidade, mas também de renovação”, afirmou o presidente.
O evento, que também celebrou o aniversário de 36 anos da APCF, contou com as presenças do Diretor-Executivo da Polícia Federal, William Marcel Murrad, do diretor Técnico-Científico da PF, Roberto Monteiro, e do diretor do Instituto Nacional de Criminalística, Carlos Eduardo Palhares.
O presidente destacou que a história da APCF começa antes mesmo da fundação oficial, ainda em 1987, durante a Assembleia Constituinte. Foi nesse contexto que peritos e peritas criminais federais se mobilizaram para garantir voz junto ao Congresso Nacional, dando início à entidade. “Essa história é, e sempre será contada na conversa com os nossos dirigentes históricos, nos livros e nos painéis da APCF”, afirmou.
Marcos Camargo destacou, ainda, os principais desafios para os próximos dois anos, entre eles a regulamentação da Lei nº 12.030/09 no âmbito da Polícia Federal, a criação de novos códigos de vagas para peritos criminais federais — que atualmente contam apenas com reposições — e o fortalecimento das unidades descentralizadas de criminalística. Ele também defendeu o reconhecimento da polícia científica nas propostas de segurança pública e melhores perspectivas de crescimento profissional dentro da Polícia Federal.
“Nossa missão nos próximos 2 anos é manter a APCF forte e atuante, pois não existe carreira sólida sem uma entidade de classe igualmente sólida, capaz de lutar pelos direitos da classe”, afirmou Camargo.
A palavra de ordem para os próximos dois anos, segundo ele, será “persistência”. “Tudo é possível porque a APCF é uma entidade que não desiste e nunca irá desistir da luta”, afirmou.
Ao encerrar o discurso, o presidente recitou o poema “Os que lutam”, de Bertolt Brecht, e fez um chamado à categoria: “Sejamos imprescindíveis”.