O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Willy Hauffe, e o diretor Erich Adams, chefe do Setor de Perícias em Geologia, participaram de evento com a Embaixada Britânica, em Brasília, na quarta-feira (20/3), para apresentar e discutir os resultados de outro evento, ocorrido em Londres, no final de fevereiro, com o título “Mineração Ilegal de Ouro em Londres”.

Há uma grande preocupação por parte do Governo Britânico quanto ao comércio ilegal do ouro brasileiro, uma vez que Reino Unido, Suíça e Canadá são os maiores compradores de ouro do Brasil. Sendo assim, eles também apoiam a regulação e o rastreio da origem do ouro, além de fazerem parte do grupo de discussão do PL 836/2021, no Senado, e do PL 3025/2023, na Câmara.

Ambos os projetos discorrem a respeito das normas de controle, compra, venda e transporte de ouro no país.

O encontro ocorrido em Londres explorou as implicações das mudanças na legislação e as diferentes abordagens para combater a mineração ilegal de ouro no Brasil e em Gana. Também houve a discussão de opções políticas que incentivem e apoiem cadeias de abastecimento de ouro mais limpas, incluindo uma análise dos riscos associados a essa atividade.

Erich Adam e o diretor da Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente (Damaz/PF), Humberto Freire de Barros, defendem a regulação e a implementação do Banco Nacional de Perfis Auríferos (Banpa), uma ferramenta importante que ajuda no combate aos crimes correlatos ao comércio ilegal de ouro, que transcendem a seara ambiental e social, atingindo áreas de proteção e preservação, e de comunidades originárias.

Também estavam presentes no evento e participaram da discussão a Agência Nacional de Mineração (ANM); representantes das embaixadas da Suíça, Canadá e Gana; Banco Central e Casa da Moeda; Ministério de Minas e Energia; Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC); ACTO; Instituto Igarapé e Instituto Escolhas.