A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) marcou presença na 6ª edição do Congresso Brasileiro sobre Mulheres na Polícia. A diretora da entidade Mariana Mota participou da mesa de abertura do evento. Já Taís Muniz trouxe reflexões sobre a participação feminina na perícia do Caso Dom Phillips e Bruno Pereira.
Mariana destacou o contentamento de fazer parte de uma entidade que se preocupa e apoia eventos que ressaltam seu compromisso com a valorização das mulheres nas forças de segurança pública.
“Ao longo das últimas décadas, temos testemunhado um aumento na participação feminina nas forças policiais. Essa mudança não é apenas um avanço em termos de igualdade de gênero, mas também traz benefícios substanciais para a eficácia e a humanização do policiamento.”
“Estudos têm demonstrado que policiais mulheres tendem a utilizar menos a força e recorrer mais à mediação e ao diálogo, o que contribui para uma abordagem mais pacífica e eficaz na resolução dos incidentes”, afirmou a diretora da APCF.
Taís relembrou de momentos vividos em 2022, com o caso do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, onde era a responsável pela operação e única mulher em meio aos 250 envolvidos na investigação.
“Foi uma experiência desafiadora, mas também grandiosa para a minha carreira. Tive que lidar com gente que não tinha a menor noção do que era o norte brasileiro, gente que chegou na operação perguntando sobre as imagens das câmeras das ruas, um lugar que nem eletricidade direito tem, e até com a enorme pressão externa que o caso teve, pela proporção internacional. Lembro de ouvir um dos gestores, no telefone satelital, acelerando o nosso trabalho porque eles queriam eram os corpos”, recordou Taís.
O congresso aconteceu em 24 e 25 de maio, na Biblioteca Nacional de Brasília. Com o apoio da APCF, o evento reuniu mulheres que compõem os quadros da segurança pública de todo o país. Foram debatidos temas acadêmicos e profissionais, coletividade da atividade policial, experiências na carreira, corrupção e concursos públicos.