O Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), coordenado pela perícia criminal da Polícia Federal, foi selecionado para concorrer à 17ª edição do Prêmio Innovare. A iniciativa existe desde 2004 e tem como objetivo identificar, divulgar e difundir práticas que contribuam para o aprimoramento da Justiça no Brasil.
“Em abril, por sugestão da Diretoria Técnico-Científica da PF, decidimos inscrever o banco no prêmio, já que é um importante instrumento de promoção da Justiça. Com esse trabalho pericial, conseguimos evitar que indivíduos sejam condenados de forma equivocada e que culpados fiquem impunes, além de interligar um determinado caso com outras investigações das demais esferas policiais”, destaca o perito criminal federal Ronaldo Junior, que é administrador do BNPG.
Após as fases de inscrição e seleção, a próxima etapa é a entrevista com os consultores do Prêmio Innovare que, por conta da pandemia, será feita de forma virtual. Neste estágio é necessário apresentar pessoas que possam compartilhar as experiências positivas que tiveram com o banco e enviar vídeos e fotos que mostrem trabalhos promovidos e/ou auxiliados pela iniciativa.
Atualmente, o Brasil tem mais 82 mil perfis genéticos cadastrados. São informações não apenas de condenados, mas também colhidas em locais de crimes, restos mortais não identificados e que podem auxiliar no reconhecimento de pessoas desaparecidas.
“No Brasil, os bancos de DNA já ajudaram as polícias científicas a solucionar centenas de casos que estavam pendentes, demonstrando a eficiência da ferramenta e dos recursos humanos e científicos disponíveis em nosso país. Portanto, o investimento nesse tipo de proposta ataca o cerne do problema e visa a combater a impunidade com instrumentos científicos racionais”, afirma o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo.