Em entrevista ao canal do Estratégia Concursos no YouTube, o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, afirmou que não dá para achar normal a falta de vagas para peritos criminais no novo concurso da Polícia Federal. Segundo ele, o órgão tem conhecimento do déficit de códigos para a categoria desde 2008 e que houve tempo hábil para tentar resolver o problema. “Infelizmente, isso ainda não aconteceu”, destacou.
Camargo enalteceu a importância do concurso para todas as categorias que compõem a PF, sem exceção, inclusive para os administrativos. “Se o problema existe, a administração tem o dever de tentar resolvê-lo e não simplesmente potencializar ou destacar que há o problema. Sim, há um problema, todos sabem, o que a gente cobra são soluções. E existem diversas opções.”
O presidente da APCF lembrou que atualmente a perícia criminal federal tem cerca de 1.100 profissionais na ativa para atender todas as demandas do país. Outro problema do déficit apontado por Marcos Camargo é o aumento de pendências de análises periciais. “Com a chegada do reforço dos novos policiais, a demanda deve aumentar e vai gerar um gargalo na perícia criminal”, salientou.
Camargo voltou a falar sobre o projeto de criação de 200 novos códigos para a categoria, que está parada no Executivo desde 2018. “Infelizmente, com a Lei Complementar n° 173, de 27 de maio de 2020, que estabeleceu o programa de enfrentamento ao coronavírus e veda a criação de novos cargos que impliquem em aumento de despesa, é muito difícil que a proposta avance, o que nos deixará ainda mais prejudicados”, criticou.
“Não adianta a gente só contar com vagas decorrentes de aposentadorias, precisamos criar novas vagas. A criação dessas vagas é essencial para a categoria e vmos continuar lutando”, ressaltou Marcos Camargo.
Assista a íntegra da entrevista:
Leia também: Imprensa repercute campanha da APCF por vagas no concurso da PF