Os peritos criminais federais Paulo Cesar Hermann Wanner, Ivo Peixinho e Galileu Batista de Sousa participaram do Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação (TPS) realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de 26 a 28 de agosto. O trabalho dos profissionais foi fundamental para analisar e atestar a qualidade da urna eletrônica brasileira para as Eleições Municipais de 2020.
Esta foi a última fase do TPS, que teve início em novembro de 2019. Na etapa inicial, o grupo de peritos da Polícia Federal detectou vulnerabilidades no sistema de votação e apresentou sugestões de solução para os problemas. Para verificar a efetividade das correções recomendadas, os profissionais executaram dois planos de ataque ao sistema de votação, que consistia na aplicação da chamada engenharia reversa.
“Por meio do acesso ao código fonte de parte dos sistemas eleitorais, elaboramos planos de ataque, que são tentativas de violar algum aspecto de segurança do ambiente. A importância se dá em colocar os sistemas eleitorais sob escrutínio e tentativas de ataque, o que, caso bem sucedidos, suscitam melhorias nos programas e dispositivos. A perícia federal participa do teste desde sua primeira edição, em 2009, e sempre fez contribuições relevantes”, explica o PCF Ivo Peixinho.
Para o perito criminal federal Galileu Batista de Sousa, o teste público do TSE é uma oportunidade da sociedade contribuir com a democracia. “E nós, peritos criminais federais, usamos o nosso expertise para um olhar diferente, colaborativo ao Tribunal Superior Eleitoral. Em 2019 encontramos vulnerabilidades que poderiam causar desconfiança. Agora, em 2020, voltamos ao TSE e observamos a melhoria da segurança em algumas das questões que identificamos.”
“Segurança é uma construção contínua. Acreditamos que o sistema de votação brasileiro está mais fortalecido depois das correções efetuadas”, afirma Galileu.