O presidente da APCF, Marcos Camargo, participou nesta 5ª feira (3/2) do evento de adesão do Estado do Paraná ao Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab). O projeto, coordenado nacionalmente por perito criminal federal, tem por objetivo aumentar a capacidade de identificação e análise de vínculo entre as armas de fogo utilizadas em crimes e elementos de munição coletados em locais de crime ou exame de corpo de delito.
Camargo reforçou o esforço da APCF para a implementação do Sinab em âmbito nacional. “A APCF tem atuando desde 2018 pela criação do banco balístico e ver a adesão dos estados a este projeto é muito gratificante. O Sinab é mais uma importante ferramenta científica que auxiliará na resolução de crimes como os homicídios, que ainda ocorrem em grande número no Brasil. Digo e repito: a ciência é essencial para o combate à criminalidade e para a redução da impunidade”, destacou.
O Sinab é um dos projetos prioritários do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), e foi concretizado na gestão do perito criminal federal João Ambrósio à frente da Coordenação-Geral de Pesquisa e Inovação. Com a implementação do sistema, o Banco Nacional de Perfis Balísticos (BNPB) passa a ser administrado pela Diretoria Técnico-Científica (Ditec) da Polícia Federal, com a integração e apoio de todos os institutos de criminalística do país.
O sistema permitirá cruzar informações de vestígios balísticos (armas de fogo, estojos e projéteis) para auxiliar investigações e correlacionar crimes em todo o país. Na prática, o Sinab é um banco de dados acessado por peritos criminais com o objetivo de elucidar casos, apontar autores de crimes e, consequentemente, diminuir a impunidade.
Coordenador do comitê gestor do Sinab, o perito criminal federal Lehi Sudy também participou da cerimônia de adesão do Paraná à ferramenta. Ele destacou a importância do sistema para auxiliar a segurança pública brasileira. “Os dados coletados pelo sistema poderão indicar onde os crimes foram cometidos com arma de fogo, quais são as armas utilizadas e diversas outras informações que poderão servir não só para a solução de crimes como também para a prevenção.”
O Sinab recebeu, até então, investimentos de aproximadamente R$ 116,7 milhões, que possibilitaram a aquisição de 32 equipamentos utilizados na reestruturação dos órgãos de perícias estaduais, do Distrito Federal e da Polícia Federal, visando a criação do BNPB. Para 2022, é esperada a estruturação da rede nacional por meio da atuação do comitê gestor designado pelo MJSP.