Os peritos criminais da Polícia Federal Aristeu Gil, Matheus Bichara, Marcelo Ruback e Pedro Eleutério ficaram entre os dez melhores na SCAN2024, o primeiro evento global de rastreamento de ativos digitais, apoiado pela Interpol. Com a participação de 254 equipes, o grupo brasileiro, denominado “BlockBustersBR”, conquistou a 9ª posição no ranking geral.

blank

Com essa conquista, os peritos criminais federais avançam para a fase final da competição, que contará com 10 equipes e será realizada em Seul, Coreia do Sul, em 22 de novembro. A viagem da equipe brasileira será patrocinada pela Interpol, já que, entre os grupos convidados pela instituição policial internacional, conquistou o primeiro lugar.

A SCAN2024 é organizada pela Digital Asset Corporation em parceria com a Agência Nacional de Polícia da Coreia. O convite para a participação dos policiais federais surgiu por meio do projeto GLACY-e, uma iniciativa da Interpol que incentiva a participação de países parceiros na promoção do evento.

Bichara e Ruback atuam no Serviço de Perícias de Informática do Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília. Aristeu e Eleutério, por sua vez, são lotados no Setor Técnico-Científico (Setec) do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso do Sul, respectivamente.

“Ficamos muito satisfeitos com o resultado. Foi uma surpresa positiva o desempenho da equipe, e mesmo à distância conseguimos colaborar e nos integrar muito bem”, afirmou Eleutério, que acredita que a equipe BlockBustersBR está pronta para representar o Brasil e a Interpol na grande final.

 

Do Brasil para o mundo

Na primeira fase, os participantes tiveram 24 horas para resolver os desafios. Composta por 20 questões, a equipe brasileira conseguiu concluir até a 18ª. Devido ao fuso horário, os peritos enfrentaram o cansaço de um dia de trabalho, mas acreditam que na fase final terão mais chances de melhorar a colocação.

O desafio final, em 22 de novembro, será mais curto, com apenas 8 horas para conclusão. Uma das preocupações da equipe brasileira é justamente o impacto da diferença de fuso horário. “Sabemos que a adaptação ao jetlag é crucial, por isso vamos tentar chegar antes para nos acostumarmos com a diferença de horário e com a viagem longa”, conclui Eleutério.