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NOTA: “Respeitar a PF como instituição é fundamental para assegurar a efetividade do combate ao crime, doa a quem doer”

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“Diante das especulações sobre eventual troca no Ministério da Justiça e Segurança Pública e na Direção-Geral da PF, a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) alerta, como já fez em outras ocasiões, que a prerrogativa de mudar a chefia dos órgãos não dá ao Executivo carta branca para destituir, sem critérios claros, os ocupantes das funções. Isso abre perigoso precedente que passa a ameaçar, inclusive, futuros ocupantes dos cargos. Respeitar a PF como instituição é fundamental para assegurar a efetividade do combate ao crime, doa a quem doer.”

Marcos Camargo, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF)

Artigo: Estudo de métodos para identificação de fraudes por adulteração em amostras de carnes

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Por Perito criminal federal Marcus Vinicius de Oliveira Andrade, Dra. Karen Monique Nunes, Professor Dr. Marcelo Martins de Sena e Professora Dra. Mariana Ramos de Almeida

Em junho de 2012, a Polícia Federal, após denúncias de vendas de alimentos irregulares para o Exército e Aeronáutica, deflagrou a Operação Vaca Atolada na região metropolitana de Belo Horizonte. O objetivo era coibir a prática de adulteração de produtos alimentícios (carnes bovinas in natura) destinados a licitações de órgãos públicos. Na ocasião, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão expedidos pela 9ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte.

As empresas eram acusadas de utilizar máquinas injetoras de grande porte para introduzir compostos que provocam o aumento da capacidade de retenção de água em peças de carne (sais e polissacarídeos) para alterar seu peso e, com isso, praticar fraude econômica. Segundo algumas estimativas, o procedimento levava a um ganho fraudulento na peça de carne de 20% a 30% no seu peso final. No ano seguinte, como resultado da operação, dez empresários foram indiciados por crime de adulteração de produtos alimentícios, formação de quadrilha e crimes de licitação, cuja pena pode chegar a oito anos de detenção. 

Em 2017, a Operação Fugu foi deflagrada em Santa Catarina. Neste caso, empresas suspeitas de adulterar pescados importados adicionavam soluções de sais de sódio para aumentar, de forma irregular o peso dos produtos. No mesmo ano, a operação Carne Fraca tomou grande repercussão em todo o país. As investigações envolviam a busca por irregularidades como o aproveitamento de carcaças animais para produção de gêneros alimentícios, utilização de aditivos não permitidos pela legislação, pagamento de propinas a fiscais federais agropecuários e agentes de inspeção em razão da comercialização de certificados sanitários, dentre outros.

A Operação Carne Fraca atingiu diretamente duas das maiores companhias de processamento de alimentos do mundo, as brasileiras BRF e JBS, gerando grande impacto na indústria alimentícia brasileira e na confiança internacional dos mercados em relação à qualidade da carne nacional. 

Ainda na primeira fase da operação, devido a falhas na divulgação de informações por parte dos responsáveis pelas investigações, a APCF chegou a emitir nota oficial ressaltando a importância dos trabalhos periciais executados com a devida autonomia técnica, científica e funcional:

(…) “por sua repercussão e polêmica, a “operação Carne Fraca” tornou-se uma clara demonstração de como o conhecimento técnico e o saber científico, em todas as etapas da investigação, não podem ser deixados de lado em favorecimento dos aspectos subjetivos da investigação criminal. A atuação adequada dos Peritos Criminais Federais nas demais etapas do procedimento investigatório, e não apenas no seu início e na sua deflagração, teria propiciado a correta interpretação dos dados técnicos em apuração, assim como a definição dos procedimentos técnico-científicos necessários para a materialização de crimes de fraude alimentar eventualmente cometidos pelas indústrias sob suspeição.”

Os casos relatados são apenas alguns exemplos de investigações de esquemas de corrupção envolvendo adulteração de alimentos ocorridas no Brasil nos últimos anos. Fraudes como essas não só provocam danos diretos à saúde pública, como foi o caso da Operação Vaca Atolada, como podem gerar enormes danos financeiros à economia brasileira, como observado após a deflagração da Operação Carne Fraca em 2017. 

A casuística deste tipo de fraude, aliada à importância e abrangência do tema na economia e saúde pública, principalmente, justifica por si só iniciativas e investimentos no sentido de robustecer a infraestrutura própria dos laboratórios da Polícia Federal, aprimorar metodologias analíticas, capacitar tecnicamente o corpo de peritos criminais federais, além de estabelecer parcerias estratégicas em pesquisa e desenvolvimento nesta área.

Quanto à infraestrutura de laboratórios próprios da Polícia Federal, o atual corpo de gestores da Diretoria Técnico-Científica da Polícia Federal possui projetos específicos na área. Como uma de suas prioridades, a DITEC procura dotar a criminalística de capacidade própria para executar grande parte dos exames periciais demandados em alimentos objetos de fraudes sem depender de outros laboratórios ou instituições públicas.

Quanto às outras iniciativas, projetos de Fomento à pesquisa como o Programa Pró-Forenses, lançado em 2014 pela CAPES em parceria com a ABCF (Academia Brasileira de Ciências Forenses), têm desempenhado um papel fundamental para o avanço técnico da criminalística na área, além de contribuir no estabelecimento de parcerias estratégicas entre órgãos de perícia oficial e instituições de pesquisa. 

Neste sentido, ainda em 2014, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em colaboração com a Polícia Federal em Minas Gerais, Institutos de Criminalística de Minas Gerais e Distrito Federal, Universidade Federal de Viçosa e Universidade Estadual de Londrina, desenvolveram um projeto no contexto do edital CAPES-Pró-Forenses que, dentre outros objetivos, estabelecia a meta de desenvolver metodologias de triagem de análise de carnes adulteradas, agregando rapidez e eficiência às análises iniciais das amostras. 

É importante destacar que as análises tradicionais deste tipo de amostra são geralmente bastante complexas e demoradas. O estudo de adulterantes exógenos e pouco comuns em alimentos, especialmente carnes, não é contemplado na rotina exigida pela legislação da área e tampouco executado pelos laboratórios especializados dos órgãos fiscalizadores. É comum que peritos criminais envolvidos neste tipo de caso sejam compelidos a desenvolver novas metodologias de análise com a utilização de equipamentos muitas vezes pouco disponíveis nos laboratórios forenses, o que aumenta consideravelmente o tempo e complexidade para se chegar a uma resposta pericial satisfatória. Isto aumenta a importância do desenvolvimento de métodos mais simples de triagem e da consolidação das parcerias dos laboratórios forenses com instituições de pesquisa.

JUSTIFICATIVA

O controle de qualidade da carne consumida no Brasil é realizado pelo Ministério da Agricultura por meio de laboratórios de inspeção sanitária. O Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) é o principal documento regulamentador adotado pelos órgãos fiscalizadores, tendo sido publicado em 1952 e revisado em 2017. A verificação da qualidade de carnes e produtos cárneos é realizada por meio de análises dos parâmetros microbiológicos e físico-químicos, conforme artigo 274 do código:

Art. 274. Os produtos de origem animal devem atender aos parâmetros e aos limites microbiológicos, físico-químicos, de resíduos de produtos de uso veterinário, contaminantes e outros estabelecidos neste Decreto, no RTIQ (Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade) e ou em normas complementares (MAPA, 2017, grifo nosso).

Entretanto, para carne fresca “in natura”, definida como a carne que foi minimamente processada após abate, como corte para varejo, moagem ou congelamento, não é permitida a utilização de aditivos de nenhuma natureza, conforme Portaria n° 1004/1998 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Assim, a adição de quaisquer aditivos é caracterizada como fraude ou adulteração.

Segundo o Código Penal Brasileiro, a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios é crime punível com pena de reclusão e multa:

Art. 272 – Corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou produto alimentício destinado a consumo, tornando-o nociva à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo:

Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (BRASIL, Código Penal, 1940)

Fraudes por adulteração são caracterizadas pela adição intencional de produtos de qualidade inferior, subtração ou substituição de constituintes dos alimentos, adição de substâncias não permitidas pela legislação ou, quando permitidas, em quantidades superiores ao estabelecido, visando o aumento de lucros.

As técnicas de controle de qualidade da carne bovina consumida no Brasil baseiam-se em métodos analíticos clássicos para a determinação de propriedades físico-químicas e microbiológicas da carne, como teor de fósforo, nitratos, nitritos, nitrogênio, pH, resíduo mineral fixo, entre outros. Alternativamente (e ainda pouco comuns), técnicas instrumentais diversas, como espectroscopia e cromatografia, têm sido propostas para a identificação de componentes presentes na carne, sua quantificação e controle de qualidade.

As técnicas cromatográficas possuem alta sensibilidade, entretanto, apresentam como características um longo tempo de análise e utilização de grandes quantidades de insumos. Alternativamente, técnicas espectroscópicas vibracionais apresentam inúmeras vantagens, tais como mínimo (ou nenhum) tratamento da amostra, análises mais limpas, sem gasto de reagentes ou geração de resíduos, maior rapidez e menor custo.

Nos últimos anos, verifica-se lenta mudança nos sistemas de controle de qualidade de alimentos visando a detecção de fraudes alimentares, as quais têm mostrado uma complexidade crescente em seu modus operandi. Há uma tendência de utilização de métodos de análise não alvo (non-targeted analysis) – análise de regiões de impressão digital (fingerprint) – em detrimento aos métodos de análise alvo (targeted analysis) – contém ou não contém o adulterante. Isso está relacionado ao constante crescimento no uso de técnicas espectroscópicas. Aliados ao uso de ferramentas quimiométricas, métodos baseados em espectroscopia molecular são promissores no desenvolvimento de modelos de identificação de padrões ou de classificação supervisionada. Entretanto, a utilização de métodos non-targeted apresenta novos desafios para as comunidades de pesquisa em química analítica e ciência de alimentos, como a falta de diretrizes para o desenvolvimento e validação desse tipo de método e dificuldades na obtenção de amostras autênticas com certificação de origem para a construção dos modelos quimiométricos.

O PROJETO 

O projeto da tese de doutorado envolveu a simulação em laboratório do mesmo tipo de fraude observado na operação policial realizada em Minas Gerais, ou seja, a adição de produtos não cárneos à peça de carne. Nas amostras apreendidas, os principais adulterantes encontrados continham sais, como cloretos, fosfatos, tripolifosfato de sódio, sal refinado iodado, pirofosfato ácido de sódio, além de maltodextrina – um carboidrato complexo proveniente de amido, colágeno – uma proteína estrutural, naturalmente presente na carne, e carragena, um polissacarídeo fosfatado obtido de algas vermelhas comestíveis. Como já mencionado, a adulteração por adição de soluções salinas e demais produtos gelatinizantes visa ao aumento da capacidade de retenção de água pela peça de carne, propiciando uma fraude econômica por ganho no peso – fraude conhecida como adulteração com motivação econômica (EMA – Economically-motivated adulteration).

As amostras do estudo foram adulteradas de forma controlada em laboratório, permitindo a identificação global de adulteração ou detecção de adulterações individuais com soluções de cloreto de sódio, tripolifosfato de sódio e carragena. As metodologias de análise envolveram técnicas comumente usadas na criminalística, como espectroscopia de absorção na região do infravermelho médio (FTIR) e espectroscopia Raman. Associadas a métodos quimiométricos para a construção de modelos multivariados, essas técnicas foram aplicadas no sentido de desenvolver métodos de análise de triagem (screening) para identificação e caracterização das fraudes em carnes bovinas in natura como alternativa aos métodos físico-químicos de análise de autenticidade de carne. Amostras consideradas adulteradas por um método screening são submetidas a análises complementares para a confirmação ou não da adulteração, diminuindo, assim, os custos de análise e aumentando a rapidez na detecção da fraude. 

As frações de cada peça foram adulteradas pela adição de soluções aquosas a 5% m/v dos seguintes adulterantes, tendo em vista o potencial aumento da capacidade de retenção de água e, consequentemente, aumento da maciez: cloreto de sódio (NaCl), tripolifosfato de sódio (TPFS), carragena (Carrag), NaCl:TPFS (1:1), NaCl:Carrag (1:1), TPFS:Carrag (1:1), NaCl:TPFS:Carrag (1:1:1).

As frações de carne controle e adulteradas, além do líquido exsudato (purgas), foram submetidas a análise por espectroscopia de absorção no infravermelho médio (FTIR) e espectroscopia Raman. Os dados de FTIR e espectroscopia Raman foram tratados usando métodos quimiométricos de classificação supervisionada (análise discriminante por mínimos quadrados parciais, PLS-DA).

TÉCNICA PROMISSORA

Levando-se em consideração a relação custo x benefício, o uso da espectroscopia de absorção no infravermelho médio (FTIR) mostrou-se uma técnica robusta, simples, rápida e de baixo custo, uma vez que a maioria dos laboratórios forenses da polícia federal já possuem o equipamento em uso. O modelo PLS-DA binário construído para detecção de fraudes por injeção de cloreto de sódio, tripolifosfato de sódio e carragena em carne bovina in natura forneceu os melhores resultados para esta aplicação, apesar de gerar dados não específicos, isto é, diferenciar com eficiência apenas amostras não adulteradas daquelas adulteradas, não importando qual seja o adulterante utilizado.

blankFigura 1: Modelo PLS-DA para previsão de amostras adulteradas versus amostras não adulteradas.

O modelo de previsão das amostras adulteradas é apresentado na Figura 1. É fácil perceber a facilidade do modelo em separar amostras não adulteradas daquelas adulteradas. Contudo, modelos para adulterantes específicos não foram capazes de fazer distinção clara entre os tipos de adulterantes empregados. A linha tracejada vermelha horizontal indica o limite de classificação, enquanto a linha tracejada escura vertical divide a amostras de treinamento e de teste do modelo. No conjunto teste apenas um Falso Positivo (amostra não adulterada prevista como adulterada) foi observado. Os resultados para este modelo forneceram excelentes taxas de confiabilidade, 94% e 95% para os conjuntos de treinamento e teste, respectivamente. Valores de taxas de confiabilidade similares foram obtidas para o mesmo modelo construído a partir de espectros Raman das amostras de purga das peças adulteradas frente às amostras de purga de carnes não adulteradas.

blankFigura 2: Espectros Raman para as 165 amostras utilizadas para a construção do modelo de classificação binário PLS-DA.

De um modo geral, a análise das amostras de purga foi satisfatória para a identificação de fraude por injeção de produtos não cárneos à carne bovina in natura. Apesar dos modelos obtidos por ATR-FTIR e FT-Raman para a análise das purgas apresentarem valores próximos de confiabilidade para os modelos globais de detecção de fraude, a análise por ATR-FTIR apresentou a vantagem de ser cerca de 5 vezes mais rápida que a análise por FT-Raman. Isto se torna uma grande vantagem quando se imagina a aplicação prática da técnica em análises periciais.

Os modelos de classificação construídos visaram à análise forense por discriminação preliminar, como um método inicial para classificação das amostras em adulteradas e não adulteradas. Assim, avaliando-se sob o ponto de vista analítico, o método de triagem desenvolvido mostrou excelente potencial na classificação de amostras especialmente ao minimizar falsos negativos e, em menor escala, falsos positivos. Além de apresentar facilidade operacional em sua execução.

Apesar dos resultados obtidos e do potencial de aplicação demonstrado, a metodologia ainda carece de otimizações e estudos complementares de forma a avaliar a influência no método de variações biológicas intrínsecas à complexidade típica da matriz carne bovina contribuindo com a reprodutibilidade do método. Em seguida, deverão ser desenvolvidas rotinas analíticas específicas, além de capacitação básica do corpo pericial, para que o método seja efetivamente colocado em prática na rotina pericial de análises em amostras de carne adulteradas. Isso já foi previsto como passo seguinte a ser estabelecido pelo grupo de pesquisa juntamente com as unidades de polícia federal envolvidas nesta parceria. 

Referência bibliográfica: NUNES, K. M. (2019) Aplicação de Técnicas Espectroscópicas Vibracionais e Imagens Hiperespectrais na Detecção de Fraudes em Carnes Bovinas In Natura (Tese de Doutorado). Instituto de Ciências Exatas, Departamento de Química, UFMG, Belo Horizonte.

Peritos federais publicam artigo sobre genética forense em revista internacional

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Os peritos criminais federais Ronaldo Carneiro da Silva Junior, Aline Costa Minervino, Luciano Lamper Martinez, Daniel Russo e Daniel Araújo Miranda tiveram artigo publicado na revista internacional sobre genética forense “Forensic Science International: Genetics Supplement Series”. O periódico é um dos principais do mundo destinados à publicação de trabalhos científicos sobre DNA.

O artigo “Geolocation of the Brazilian National DNA Database matches as a tool for improving public safety and the promotion of justice” é fruto da integração entre as equipes do Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG) e da área de geomática do Instituto Nacional de Criminalística (INC).

Na publicação, os peritos federais destacam a importância do DNA para melhorar a segurança pública e a promoção da justiça. Entre outros pontos, eles ainda falam sobre a integração de dados de correspondências do BNPG com o Inteligeo, o sistema de geolocalização desenvolvido pela Polícia Federal.

Clique aqui para ler a íntegra do artigo.

Laboratórios da perícia federal serão usados para testes de detecção da Covid-19

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Peritos criminais federais passarão a realizar testes de detecção do novo coronavírus nos laboratórios de genética forense do Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília, e do Setor Técnico-Científico (Setec) do Rio Grande do Sul. O uso das estruturas da Polícia Federal faz parte do esforço das autoridades de ampliar a capacidade de testagem do país.

Além da PF, o Ministério da Justiça também colocou à disposição do Ministério da Saúde a estrutura da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, que é composta por 27 laboratórios estaduais de genética forense da Polícia Civil das Secretarias de Segurança Pública Estaduais.

Corrente do Bem: Fonacate faz doações para ajudar no combate ao coronavírus

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O Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate), entidade da qual a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) faz parte, fez doações para ajudar no enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19). A ação faz parte da campanha “Corrente do Bem das Carreiras de Estado”.

Foram doados um refrigerador para o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen/DF), 500 cestas básicas para a Central Única das Favelas do DF (Cufa/DF) e ainda itens de alimentação e limpeza para montagem de cestas que irão beneficiar 337 famílias pela Central das Cooperativas dos Catadores do DF (CENTCOOP).

O Fonacate também distribuirá fraldas geriátricas e materiais de limpeza para o Lar dos Velhinhos.

Nota de pesar – João José de Souza Filho

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É com profundo pesar que a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e a diretoria regional da entidade no Rio de Janeiro informam o falecimento, nesta 5ª feira (16/4), do senhor João José de Souza Filho, pai da perita criminal federal associada Patrícia Maria Souza da Costa, lotada no Setor Técnico-Científico (Setec) do Rio.

A APCF e a APCF/RJ prestam solidariedade aos familiares e amigos, desejando-lhes força neste momento de intensa dor.

Edição nº 44: Tecnologia e Inovação Aplicada à Academia Nacional de Polícia

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Clique aqui para baixar a versão em PDF.

Nota de pesar – PCF Walter de Oliveira

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A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) lamenta, com profundo pesar, o falecimento do perito criminal federal aposentado Walter de Oliveira. Ele morreu neste domingo (12/4), aos 78 anos.

A APCF se solidariza com todos os familiares e amigos do colega. Ficam as boas lembranças e o reconhecimento por sua trajetória profissional exemplar.

Por causa do momento delicado de emergência na saúde pública, não haverá velório nem enterro aberto.

Em reunião virtual, Sérgio Moro recebe demandas da APCF para a criminalística

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O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, e o diretor da entidade, André Morisson, participaram de reunião nesta 4ª feira (8/4) com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Na pauta, assuntos relevantes para a criminalística federal, como a importância da cadeia de custódia, a MP de “reestruturação da Polícia Federal” e o aumento do número de vagas para peritos federais nos concursos.

Devido às medidas de isolamento social para evitar a disseminação do novo coronavírus, a reunião foi realizada de forma virtual. Na oportunidade, Camargo chamou a atenção para a necessidade de fortalecer a cadeia de custódia. “É preciso ter um entendimento amplo do que é vestígio. Isso é importante para a segurança e qualidade da prova material e do processo penal, evitando nulidades”, disse.

Já o diretor André Morisson falou sobre o Banco Nacional Multibiométrico. Ele defendeu a adoção de um modelo de gestão integrado das atividades de identificação e de análises de vestígios em locais de crime, modelo esse que tem a referência de sucesso do Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG).

O presidente da APCF também expôs ao ministro Sergio Moro os problemas da Medida Provisória de “reestruturação da Polícia Federal” (MP 918/2020) para a perícia criminal federal. A proposta não reconhece a importância dos Setores Técnico-Científicos (Setec’s) e não restaura o espelhamento do órgão central, quebrado em 2003. Ele destacou ainda pontos da nota técnica produzida pela entidade que apontam os motivos pelos quais a proposta, da forma como foi apresentada, traz riscos à categoria.

Camargo apresentou ainda soluções para a MP 918/2020 e pediu apoio para o sanar o problema. “Foram apresentadas três emendas no Congresso com o intuito de solucionar esses equívocos e resolver o problema criado em 2003 quando foi retirado dos Setec’s o tratamento organizacional igualitário devido.”

Por fim, Marcos Camargo pediu ao ministro atenção à proposta encaminhada pela PF à pasta, que solicita a ampliação dos códigos de vagas para perito criminal federal. “Já está no MJ uma proposta de criação de 200 vagas para a carreira, tendo em vista que a perícia federal está em déficit. Precisamos do apoio e do comprometimento do ministério para que essa pauta avance efetivamente”, afirmou.

Moro, que reconhece a importância da perícia criminal federal, recebeu bem todas as pautas apresentadas pela associação.

“Sabemos que o momento pelo qual o mundo passa é delicado, o que torna ainda mais difícil o encaminhamento de algumas pautas, mas foi muito importante poder levar ao ministro demandas essenciais da perícia, da segurança pública e da persecução penal.  Esperamos tê-lo sensibilizado a apoiar essas ações”, avalia Camargo.

Polícia Federal alerta para ameaças cibernéticas

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A Polícia Federal detectou um aumento significativo de ameaças cibernéticas durante a pandemia do novo coronavírus. Os criminosos utilizam campanhas falsas –  compostas por meio de e-mails, links, mensagens por aplicativos, ligações telefônicas e outros canais – para obter dados bancários e informações pessoais para o cometimento de crimes cibernéticos. É necessário sempre buscar informações precisas e atualizadas em canais de comunicação oficiais e confiáveis.

Confira as orientações para prevenção:

– Links: não clique em links enviados por e-mail, SMS ou aplicativos de mensagens em nome de instituições bancárias, não preencha dados de cartões de crédito em formulários e nem informe dados de cartões de crédito e senha em ligações telefônicas;  Procure as informações junto ao seu banco nos canais oficiais.

– Boleto falsificado: Códigos de barras podem ser facilmente alterados. Fiquem atentos ao nome da empresa e valor do pagamento. Qualquer dúvida, entre em contato com o credor e emissor do boleto ou com a sua instituição bancária.

– Empréstimos: Se aproveitando do momento de dificuldades financeiras, golpistas oferecem facilidades em refinanciamento de dívidas e empréstimos consignados. Desconfie das ofertas de dinheiro fácil!

– Golpes usando o Whatsapp: solicitações de empréstimos e transferências oriundas de contatos no Whatsapp podem ser golpes! Ligue para o seu contato e confirme a solicitação!

– Voucher auxílio emergencial: diversas mensagens disparadas por meio de aplicativos como Whatsapp, SMS, e-mails e até telefonemas têm solicitado informações para cadastro dos beneficiários do auxílio emergencial aprovado pelo Governo Federal. Não informe os seus dados nesse tipo de mensagem.

– Campanhas de doação: Em momentos de crise é muito comum surgirem campanhas de doação de todos os tipos. Certifique-se de que as pessoas/instituições por trás da campanha existem e são realmente sérias. Procurem informações nos canais oficiais das empresas.

Fonte: Polícia Federal

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