O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, reuniu-se nesta 2ª feira (15/6) com o diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre. Camargo manifestou preocupação com os retrocessos sofridos pela perícia criminal, como o rebaixamento das unidades regionais de criminalística na estrutura organizacional da PF.
Camargo afirmou que a estrutura da criminalística federal está aquém da importância e da imprescindibilidade da atividade para a persecução penal, sobretudo nas unidades regionais da PF. Ele cobrou do diretor-geral providências com relação à precarização dos Setores Técnico-Científicos (Setec’s) das Superintendências Regionais.
“A despeito de serem a estrutura com o maior número de servidores de nível superior, os Setec’s vêm sofrendo constantes rebaixamentos organizacionais, prejudicando avanços importantes na produção das provas materiais e no fortalecimento da atuação técnica da Polícia Federal”, disse o presidente da APCF ao diretor-geral.
O presidente da APCF também cobrou soluções para os constantes ataques às atribuições dos peritos criminais na instituição e pediu maior participação da Diretoria Técnico-Científica em tomadas de decisões que envolvem perícia criminal e o órgão. “O sentimento é que a criminalística está sendo colocada em segundo plano”, disse Camargo.
O diretor da APCF Willy Hauffe e a diretora de Gestão de Pessoal da PF, Cecília Franco, também participaram do encontro. Na conversa, ainda foi abordada a convocação dos excedentes do último concurso, tendo em vista que o cargo foi o único que não teve aproveitamento total dos aprovados. Segundo Marcos Camargo, o diretor-geral e a diretora de pessoal ouviram atentamente as reivindicações e garantiram que avaliarão as demandas.