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Em artigo na Conjur, peritos federais defendem aperfeiçoamento da persecução penal

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O portal jurídico Consultor Jurídico (Conjur) publicou, nessa 2ª feira (3/5), artigo assinado pelo presidente da APCF, Marcos Camargo, e pelos peritos criminais federais Adilson Carvalho Silva e Leonardo Garcia Greco. Na publicação, eles defendem a necessidade de aprimoramento da persecução penal por meio de uma reforma do sistema de criminalística.

“No Brasil, apesar do discreto avanço trazido pela recente regulamentação legal da cadeia de custódia dos vestígios criminais, persiste uma forte resistência ao emprego da ciência e da tecnologia no âmbito da persecução penal, seja como modalidade probatória típica, seja como fonte de conhecimento para subsidiar ações de pronta intervenção policial ou políticas de segurança pública”, afirmam.

No texto, os peritos criminais federais reforçam que é “Impossível pensar hoje numa devida persecução penal sem que a atividade científica de investigação criminal possa dispor de uma adequada regulamentação legal, capaz de garantir-lhe uma atuação institucional à altura das expectativas nela depositadas”.

“A reforma das disposições legais sobre prova técnico-científica possibilitará um avanço expressivo no processo de aprimoramento do sistema brasileiro de persecução penal”, garantem.

Leia a íntegra do artigo aqui.

Novo CPP: fim da nulidade por ausência de perícia fere garantias do cidadão, diz Camargo a deputados

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A prova científica e alguns valores básicos do Estado de Direito, como o direito à produção de prova, serão enfraquecidos caso o novo Código de Processo Penal (CPP) deixe de considerar nulos atos de processo penal realizados sem a devida análise dos vestígios de crime pela perícia oficial. Esse foi o alerta do presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, aos deputados integrantes da comissão especial que analisa o projeto de reforma do CPP.

Camargo participou, nesta 2ª feira (3/5), de uma audiência da comissão destinada a debater causas de nulidades. Mais uma vez, o presidente da APCF apontou como problemáticos trechos do relatório oferecido pelo deputado federal João Campos (Republicanos-GO) para o assunto. Campos, relator do projeto, apresentou em 13 de abril uma nova versão do texto que pode ser enviado para votação no plenário. No entanto, ele continua deixando de lado os alertas feitos pela perícia criminal e segue permitindo que a ausência de perícia oficial não gere nulidades.

Camargo reforçou que a APCF acompanha o processo de atualização do CPP desde o Senado Federal e defendeu uma modernização justa, que combata a impunidade e não promova injustiças. “Não podemos, em razão de buscar o aprimoramento do Código, abdicar da defesa das garantias e direitos das pessoas. Entre eles, o direito à prova. Infelizmente, o atual relatório está amputando a prova científica e a perícia oficial, que é responsável pela sua produção”, chamou a atenção.

Segundo Marcos Camargo, ao suprimir do código atual o artigo que trata da obrigatoriedade do exame pericial nos crimes que deixam vestígio sob pena de nulidade processual, o novo CPP abrirá mão do uso científico em diversas áreas, inclusive na persecução penal. “A perícia criminal atua com base na ciência, subordinada aos fatos científicos. É auxiliar da Justiça e não da investigação, da defesa ou da acusação. Por isso os peritos oficiais estão sujeitos à disciplina judiciária e a eles se aplicam, no que couber, as mesmas suspeições dos juízes.”

“O exame de corpo de delito é imparcial, isento e equidistante das partes. Ele pode apontar culpados, mas também inocentes”, completou.

O presidente da APCF defendeu a manutenção da nulidade por ausência de prova pericial. “Quero destacar que não se está pedindo prerrogativas, apenas se pede a manutenção da garantia já existente no código atual, a fim de assegurar de forma objetiva a ampla defesa e o contraditório e que também se assegure o direito fundamental à prova”, finalizou Camargo.

Leia também: Prova científica está em risco, diz presidente da APCF sobre novo CPP

Prova científica está em risco, diz presidente da APCF sobre novo CPP

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A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a atualização do Código de Processo Penal (CPP) promoveu audiência pública nesta 6ª feira (30/4) sobre investigação criminal. O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, falou à comissão e destacou o assunto sob o ponto de vista da criminalística.

Camargo afirmou não restar dúvida sobre a necessidade de modernizar o CPP e dar eficiência à investigação criminal. Ele apontou, contudo, que o debate não pode se dissociar das garantias individuais dos cidadãos, entre elas o direito fundamental à prova, assegurado pela Constituição Federal.

“Há pontos importantes no relatório, como o juiz de garantias e provas digitais, que trazem inovações e relevantes debates. Contudo, muito nos preocupa que em uma época em que a ciência vem assumindo um papel de relevância no país, o relatório em vários momentos se dissocia tanto dela, relegando-a a um papel totalmente secundário”, disse.

O relator do novo CPP, deputado João Campos (Republicanos-GO), apresentado no último dia 13 um relatório preliminar em que traz diversos pontos prejudiciais à perícia criminal. “O relatório regride e perde uma grande oportunidade de realmente modernizar a investigação criminal. Não somente está se insistindo, mas também ampliando um modelo excessivamente jurídico, burocrático e que privilegia a retórica em detrimento da ciência. Há falhas e sérios prejuízos à ferramentas e a prova científica que prejudicam a investigação criminal”, pontuou Camargo.

O presidente da APCF ressaltou a ausência de menção à coleta de material biológico para obtenção de perfil genético quando for essencial à investigação e chamou atenção para a criação da investigação defensiva, que, entre outros pontos, transforma pareceres técnicos em laudos periciais criminais, feitos de forma privada. Ou seja, fora do sistema de perícia oficial estatal, que têm a competência legal para a atribuição, atuando com a devida isenção e equidistância das partes.

“A perícia oficial sai muito enfraquecida desse relatório. Há clara flexibilização da prova científica, que deixa de ser imprescindível nos crimes que deixam vestígios e cuja ausência deixa também de ser causa de possível nulidade. Essa mesma prova científica deixa de ser um instrumento de auxílio à justiça, uma vez que o delegado passa a ter a discricionariedade de pedir ou não o exame pericial. E, indo além, assume uma prerrogativa dos juízes de rejeitá-lo no todo ou em parte, sequer juntando-o aos autos, o que contraria o que é feito em qualquer país minimamente democrático e traz um gravíssimo prejuízo à ampla defesa e ao contraditório”, reforçou Marcos Camargo.

Camargo disse ainda que, com o atual relatório, a investigação criminal terá forte insegurança jurídica, com mais impunidade e mais injustiças, principalmente aos menos favorecidos. “É necessário entender a importância de todos os atores da investigação criminal e não apenas de um único grupo. Por isso, clamo ao relator que possa ouvir os apelos das entidades que aqui já se manifestaram para que possamos avançar em um texto sem corporativismo, que leve em consideração a experiência de todos para que não percamos a oportunidade de efetivamente aprimorar a persecução penal no Brasil”, finalizou.

Veja a participação do presidente da APCF:

Assista à integra da audiência pública:

Camargo fala sobre derrubada dos vetos do DNA em artigo no Estadão

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O jornalista Fausto Macedo, do Estadão, publicou nesta 6ª feira (23/4) artigo assinado pelo presidente da APCF, Marcos Camargo, sobre a derrubada dos vetos do DNA da Lei Anticrime (Lei 13.964/19). Segundo ele, a decisão representa grande retrocesso à segurança pública. “A mudança mina o funcionamento da ferramenta, favorece a impunidade e prejudica investigações.”

Na avaliação do presidente da APCF, a derrubada dos vetos sinaliza que políticas sólidas, científicas e eficazes para a segurança pública estão longe da agenda prioritária. “Enquanto o discurso político brada a necessidade de combater a violência sexual e a impunidade para crimes violentos, a prática política enterra o avanço concreto mais importante dos últimos anos.”

“Causa espanto que muitos legisladores, em grande parte eleitos com a bandeira da segurança pública, pouco ou nada tenham conseguido fazer para manter os vetos e ajudar a desenvolver os bancos de perfis genéticos. Ficam prejudicados o auxílio à elucidação de crimes, a verificação de reincidências, a diminuição da impunidade e a mitigação de condenações equivocadas”, afirma Camargo.

Leia a íntegra do artigo aqui.

Peritos federais do RS contribuem com campanha de vacinação solidária

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Peritos criminais federais do Setor Técnico-Científico (Setec) da Superintendência da Polícia Federal do Rio Grande do Sul participaram de campanha solidária de arrecadação de alimentos e kits escolares durante a vacinação dos profissionais de segurança pública no Estado.

Além dos PCFs, outros servidores da PF e do Instituto-Geral de Perícias (IGP-RS) colaboraram com as doações. Foram arrecadados quase duas tonelada de alimentos e 100 kits com materiais escolares.

Os produtos foram entregues ao Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência da Brigada Militar (PROERD/BM-RS), à Creche Vó Georgina (PROERD/BM-RS), à Associação Comunitária dos Moradores da Vila Tronco (Porto Alegre), Ao Instituto Akanni, a Casa de Caridade Marlene Nobre (Santana do Livramento), ao Projeto Mão Amiga (Caxias do Sul), ao Grupo de Apoio Lotus (GAL-Santa Cruz do Sul) e aos bancos de alimentos das prefeituras de Santa Vitória do Palmar e Uruguaiana.

Os dirigentes das entidades apoiadoras receberam uma medalha de mérito da Polícia Federal por terem participado da ação. O perito criminal federal Renato Garcia, que também atuou no IGP-RS durante 5 anos, representou a APCF-RS.

Ainda participaram da ação solidária a Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF-RS), o Sindicato dos Delegados de Polícia Federal (SINDPF-RS), o Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul (Sinpef-RS), o Sindicato dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SINPECPF-RS) e Sindicato dos Servidores do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (Sindiperícias-RS).

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Conselho de Ética

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Biênio 2023/2024

Clênio Guimarães Belluco
Presidente

Vânia Mercia de Lima
Vice-Presidente

Emanuel Renan Cunha Coelho
Membro-titular

Itamar Almeida de Carvalho
1º Suplente

Luiz Mariano Junior
2º Suplente

João Vitor de Sá Hauck
3º Suplente

Na mídia: APCF se manifesta contra derrubada de vetos do DNA

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A manifestação da APCF contra a derrubada dos vetos relacionados à coleta de DNA da Lei 13.964/19 (pacote anticrime) foi destaque na imprensa nacional.

Ao Estadão, o presidente Marcos Camargo ressaltou que a decisão gera um prejuízo muito grande no combate à criminalidade e reduz muito a atuação dos bancos de perfis genéticos. “A impunidade também é um fator propulsor da criminalidade, a certeza de que o criminoso não será pego. Então a gente precisa justamente, entre outros fatores, combater a impunidade. Bancos de perfis genéticos são uma forma importantíssima de ferramenta científica para isso”, defendeu. “A ciência tem que prevalecer”, acrescentou.

O SBT News chamou atenção para a supressão da menção aos crimes hediondos na legislação. “Representa um grave retrocesso à sistemática estabelecida no combate à criminalidade por meio do banco de DNA”, disse Camargo.

Entre outros veículos de imprensa, a Gazeta do Povo, a IstoÉ e o Estado de Minas também destacaram o posicionamento da APCF.

Confira a repercussão:

Estadão – Peritos federais veem prejuízo a bancos de material genético com derrubada de vetos ao pacote anticrime e articulam PL para recuperar terreno em investigações com DNA

SBT News – Associação de peritos critica derrubada de vetos ao pacote anticrime

Istoé – Derrubada de vetos ao pacote anticrime, peritos veem prejuízo a bancos genéticos

Correio 24 Horas – Com derrubada de vetos ao pacote anticrime, peritos veem prejuízo a bancos genéticos

Estado de Minas – Derrubada de vetos ao pacote anticrime, peritos veem prejuízo a bancos genéticos

Retrocesso: Congresso muda lei dos bancos de DNA e ferramenta fica prejudicada

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O Senado Federal confirmou nesta 2ª feira (19/4), em sessão do Congresso Nacional, votação da Câmara dos Deputados pela derrubada dos vetos à Lei 13.964/19 (pacote anticrime). Dentre os dispositivos derrubados estão os que tratam sobre a coleta de DNA e permitiam maior amplitude das possibilidades de uso dos bancos de perfis genéticos (56.19.007 a 56.19.010).

A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) atuou firmemente para esclarecer os parlamentares sobre a importância da manutenção dos vetos. Segundo o presidente Marcos Camargo, há uma preocupação com os prejuízos que a mudança na lei causará aos esforços de combate à criminalidade por meio da ferramenta. “A permanência dos vetos era necessária para que esses bancos pudessem continuar a ter impacto positivo sobre a persecução penal no Brasil, com desenvolvimento contínuo das suas capacidades”, diz.

Os vetos foram adicionados à Lei Anticrime em 2019 com o objetivo de aumentar o rol de crimes com coleta obrigatória de DNA, possibilitando que todos os condenados por crimes dolosos tivessem o DNA coletado. Ao final do trâmite no Congresso, no entanto, parlamentares diminuíram ainda mais esta possibilidade. Antes de ser sancionada, o Executivo então vetou os artigos prejudiciais aos bancos de perfis genéticos.

Confira o entendimento da APCF sobre os vetos:

  • A supressão da menção aos crimes hediondos na legislação representa um grave retrocesso à sistemática estabelecida no combate à criminalidade por meio do banco de DNA. Crimes como roubo, tráfico de armas e organização criminosa para ilícitos relacionados a crimes hediondos, que envolvem facções como PCC e Comando Vermelhor não poderão ser motivo de coleta de perfis genéticos. Além de prejudicar a elucidação de crimes, a derrubada dos vetos gera insegurança jurídica, haja vista que, desde 2013, condenados por crimes hediondos têm seus perfis genéticos armazenados e várias investigações já foram concluídas com base nesses dados.
  • Ao vedar a utilização da amostra biológica coletada para fins de fenotipagem e busca familiar, o desvendamento de crimes praticados por indivíduos que possuem perfil genético semelhante ao coletado, a exemplo de familiares, também fica prejudicado. A busca familiar também ajuda na identificação de estupradores quando o estupro resulta em gravidez, a partir do exame do feto ou do bebê;
  • A obrigatoriedade de descarte imediato da amostra biológica após a identificação do perfil genético poderá impedir a rechecagem do exame e o direito constitucional à ampla defesa;
  • A manutenção do veto presidencial ao item n.º 56.19.010 também seria necessária, tendo em vista que a coleta de materiais de referência deve ser supervisionada pela perícia oficial, mas não obrigatoriamente realizada por perito oficial, a fim de não gerar impactos logísticos ao funcionamento dos bancos genéticos.

“A derrubada dos vetos representa grande prejuízo aos bancos de DNA, pois impedirá o crescimento do sistema. No ano em que o banco ultrapassou a marca de 100 mil perfis cadastrados, lamentamos essa decisão. É um retrocesso aos esforços de combate à criminalidade”, avalia Camargo.

“Os bancos de perfis genéticos auxiliam a elucidar crimes, a verificar reincidências, a diminuir o sentimento de impunidade e a evitar condenações equivocadas. O uso do banco de perfis genéticos é uma alternativa eficaz contra a impunidade, que é uma propulsora da criminalidade em nosso país. O Brasil, infelizmente, não tem priorizado políticas sólidas, científicas e eficazes para a segurança pública”, complementa o presidente da APCF.

Senador Alessandro Vieira recebe pleito da APCF sobre vetos do DNA

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Em continuidade ao trabalho de esclarecimento do Senado Federal sobre a importância da manutenção dos vetos relacionados à coleta de DNA na Lei 13.964/19, o presidente Marcos Camargo reuniu-se nesta 6ª feira (16/4) com representantes do gabinete do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Além de apresentar aspectos técnicos dos bancos de perfis genéticos, Camargo defendeu a continuidade eficaz da ferramenta. “Os bancos colaboram no aumento da taxa de resolução de crimes. O sentimento de impunidade é propulsor da violência no país. O caminho necessário a se percorrer, diante disso, é um só: o fomento de iniciativas como essa”, alertou.

“Para que o funcionamento pleno dos bancos de perfis genéticos seja alcançado, os vetos presidenciais precisam ser mantidos”, reforçou o presidente da APCF.

Os dispositivos estão em análise no Senado, após serem derrubados na Câmara dos Deputados. Além de se reunir com outros parlamentares, Marcos Camargo também já encaminhou ofícios a senadores pedindo que os artigos sejam mantidos na lei.

Leia também:
>>> APCF leva preocupações sobre mudanças na lei de DNA ao senador Ciro Nogueira
>>> APCF cobra manutenção dos vetos da Lei de DNA às lideranças do governo

APCF e UPB se reúnem com novo ministro da Justiça e Segurança Pública

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Integrantes da União dos Policiais do Brasil (UPB) foram recebidos nessa 5ª feira (15/4) pelo novo ministro da Justiça e da Segurança Pública, Anderson Gustavo Torres. O presidente da APCF, Marcos Camargo, participou do encontro, em Brasília.

Na ocasião, o grupo expôs a enorme insatisfação dos profissionais de segurança pública com os reiterados retrocessos que lhes vêm sendo impostos pelas mudanças legislativas e constitucionais. Além disso, foi apresentada a demanda de vacinação urgente a todos os integrantes dessas carreiras.

A UPB também levou ao ministro os motivos do inconformismo das categorias com o texto integral da Reforma Administrativa (PEC 32/2020) proposta pelo governo, em andamento na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJC).

O ministro se mostrou aberto ao diálogo e ressaltou a importância dos profissionais de segurança pública.

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Presidente da APCF apresenta demandas da segurança pública ao ministro
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